Teus olhos negros,
cabelos a combinar,
Batendo na altura da
extremidade auricular.
Olhos marcantes
mostram as profundezas de quem és tu,
Fixando-os em
mim, embora vestida sentia-me de corpo nu.
Lembro que não
tínhamos muito a combinar,
Trilhavas em exatas,
eu em humanas a andar.
Eu acreditando em
Mateus, Marcos e João,
Enquanto fazias três
orações ao dia debruçado no alcorão.
Acordava ao meio dia
e ia dormir contigo,
Nossas conversas não
faziam muito sentido.
Mas adorava te ouvir, por muitas vezes intruso,
Mas adorava te ouvir, por muitas vezes intruso,
Não nos afetava a
diferença de 7 horas no fuso.
Sabias me fazer
voltar atrás, me desconstruir,
Quantas vezes fez a
minha arrogância se esvair.
Eras homem em cada
pormenor,
Suas convicções na
garganta me davam um nó.
Temia tuas certezas,
homem teso ao falar,
Narravas meus
defeitos, te covinha me magoar?
Me fazia de menina
só para o teu agrado,
Ser eu contigo de
veras era um malogro.
Paris, Dubai,
França, Itália,
Onde íamos antes de
nos ser passado a navalha?
Não vestirei meu
casado preto e botas de couro,
Tão pouco me
encheras de platina e ouro.
E o vestido florido
com o chapéu?
Guarde para a tua
prometida aquele anel.
Prometi não contar
que estavas apaixonado,
E do que valeu se
mesmo assim não está ao meu lado?
Príncipe asiático
do Paquistão,
Levou contigo a
pureza e leveza do meu coração.
Bem que dizem o
quanto sois cruéis,
Somente eu, ou os
dois foram fiéis?
Espero que andejes
na neve e sente em uma canoa em Madri,
Como disse, inda
respiro sem ti.
Faço promessas e
aspiro as Ilhas Maldivas,
Restou pra nós,
apenas palavras que não foram ditas.
Por: Jéssica Medeiros
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