“Nosso egoísmo é, em grande parte, produto da sociedade.” (Émile Durkheim)
Émile Durkhiem,
sociólogo, psicólogo e filósofo francês, conhecido como o pai da
sociologia, foi aquele que transformou em ciência através da
elaboração de métodos o pensamento do positivista Auguste Comte, o
qual foi a principal base de Durkheim, embora não o tenha conhecido,
pois, Comte faleceu um ano antes do nascimento de Émile Durkheim, a
saber, 18 de abril de 1.858 e data de falecimento 15 de novembro de
1.917. O sociólogo francês tem como duas principais obras: “As
Regras do Método Sociológico” e “O Suicídio”.
Durkheim é aquele
que define como uns dos princípios da metodologia de pesquisa a
separação do pesquisador social e o seu objeto de estudo através da objetividade e neutralidade, de forma
que o conteúdo final não seja comprometido pela subjetividade do
pesquisador.
O sociólogo foi
aquele criou o termo “Anomia”, que defini-se pelo fato de um
Estado estar sem, normas, sem regras (A – Não, Nomia – Normas;
Logo, “Sem Normas”), para ele quando a sociedade encontra-se
nesse estado, podemos dizer que ela sofre de uma patologia (esta
doente), o termo “Anomia” foi utilizado por Durkheim para definir
os acontecimentos do século XIX, quando a sociedade sofreu a perda
da sua identidade, consequentes das radicais transformações do
mundo moderno, ele também foi responsável pela criação do termo
“Fato Social” e sua definição.
Teoria do Fato Social
Tendo como princípio, que os homens em sua naturalidade são animais selvagens e que a única coisa que o difere dos demais animais é o fato de se adequar ao convívio em sociedade, sendo assim, conseguimos aprender e tomar como hábito os costumes de outrem e a partir de então nos tornarmos membros daquela sociedade, esse processo é chamado por Durkheim de “dessocialização”, é o que molda a nossa “consciência coletiva”, assim nos é dado as noções de moral e convívio em coletividade.
É importante saber
que nem tudo o que se refere a ação do homem é considerado “Fato
Social”, para Durkheim considera-se como tal o fato que se adéqua
nos seguintes aspectos:
Generalidade: É um
fato ser de conhecimento do coletivo, onde a sua existência não se
restringe apenas ao indivíduo.
Exterioridade: O
fato de esse comportamento ou ação ser exterior ao indivíduo, de
forma que a sua existência não depende da consciência deste.
Coercitividade: Nada
mais é do que o poder que os padrões estabelecidos pela sociedade
exercem sobre as escolhas do indivíduo, de forma tamanha que mesmo
inconscientemente há a obrigatoriedade de seu cumprimento e quando
ocorre o descumprimento o indivíduo sofre as sanções sociais.
Então, se pararmos
para observar, perceberemos que a “consciência coletiva” é
constituída também por institutos sociais (empresa, escola, igreja
e etc.), questão que também foi abordada por Durkheim, na
relevância que estas possuem sobre a constituição e propagação
das normas sociais e morais que guiam a sociedade, ele as defendia,
partindo do ponto de vista que estas através de suas ações trazem:
segurança, diretrizes e amparo, que são necessidades de suma
importância ao homem, tão importantes que quando há a falta destas
acontecem em amplitude maior, fenômenos como: a criminalidade, o
alcoolismo e o suicídio.
Teoria do Suicídio
Na busca por provar
que as estatísticas apresentadas sobre o tema eram insuficientes,
Durkheim começou intermináveis estudos para fundamentar a sua tese,
pra ele o que era descrito nos registros de óbito não eram o
bastante e se resumiam a opinião de pessoas contingentes.
Durkheim usou de
observações do campo religioso também, partindo do prisma que o
índice de suicídio entre pessoas do nicho protestante era maior do
que entre os católicos, este fato independia da região que o
suicida pertencia. O socialista acredita na possibilidade de haver um
controle menor sobre os fiéis, controle social que também faz parte
do papel da igreja na sociedade, então ele começa a buscar formas
de comprovar que podem ser sociais as causas dos índices de
suicídio, causas que Durkhein define em três tipos: egoísta,
altruísta e anômico.
Egoísta: Entende-se
que os motivos difundem de observações da participação dos
indivíduos em sociedades politicas, domésticas e religiosas.
Nota-se que a incidência de suicídios varia ao contrário da
integração desses nichos. O fim da sua vida, não importa para esse
indivíduo, pois, este não se enquadra no seu meio social.
Altruísmo: Mais
frequente de sociedades primitivas, esta é consequente do
individualismo diminuto, o indivíduo está em excesso justaposto
pelo coletivo, o qual se sente na incumbência de se matar e assim
executa, podendo também estar alimentado pela ideia de heroísmo,
partindo desse conceito, o sociólogo passa a estudar o índice alto
de suicídio entre militares, ocorrente da alta integração no meio
social a que pertence e o sentimento de heroísmo.
Anômica: Se da
quando o indivíduo não encontra motivos para sua existência em si
ou no exterior, nem na sociedade que pode o gerir através de
diversos recursos. Possui esse nome por ocorrer em situações fora
da normalidade do indivíduo, anormalidade que pode pertencer também
a sociedade, como crises ideológicas e econômicas, que causam
inúmeros desconfortos físicos e mentais, como conflitos entre os
indivíduos, fome, pobreza e etc.
Por: Jéssica Medeiros
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