sábado, 21 de maio de 2016

Émile Durkheim e suas Principais Teorias




Nosso egoísmo é, em grande parte, produto da sociedade.” (Émile Durkheim) 



Émile Durkhiem, sociólogo, psicólogo e filósofo francês, conhecido como o pai da sociologia, foi aquele que transformou em ciência através da elaboração de métodos o pensamento do positivista Auguste Comte, o qual foi a principal base de Durkheim, embora não o tenha conhecido, pois, Comte faleceu um ano antes do nascimento de Émile Durkheim, a saber, 18 de abril de 1.858 e data de falecimento 15 de novembro de 1.917. O sociólogo francês tem como duas principais obras: “As Regras do Método Sociológico” e “O Suicídio”.

Durkheim é aquele que define como uns dos princípios da metodologia de pesquisa a separação do pesquisador social e o seu objeto de estudo através da objetividade e neutralidade, de forma que o conteúdo final não seja comprometido pela subjetividade do pesquisador.

O sociólogo foi aquele criou o termo “Anomia”, que defini-se pelo fato de um Estado estar sem, normas, sem regras (A – Não, Nomia – Normas; Logo, “Sem Normas”), para ele quando a sociedade encontra-se nesse estado, podemos dizer que ela sofre de uma patologia (esta doente), o termo “Anomia” foi utilizado por Durkheim para definir os acontecimentos do século XIX, quando a sociedade sofreu a perda da sua identidade, consequentes das radicais transformações do mundo moderno, ele também foi responsável pela criação do termo “Fato Social” e sua definição.


Teoria do Fato Social


Tendo como princípio, que os homens em sua naturalidade são animais selvagens e que a única coisa que o difere dos demais animais é o fato de se adequar ao convívio em sociedade, sendo assim, conseguimos aprender e tomar como hábito os costumes de outrem e a partir de então nos tornarmos membros daquela sociedade, esse processo é chamado por Durkheim de “dessocialização”, é o que molda a nossa “consciência coletiva”, assim nos é dado as noções de moral e convívio em coletividade.

É importante saber que nem tudo o que se refere a ação do homem é considerado “Fato Social”, para Durkheim considera-se como tal o fato que se adéqua nos seguintes aspectos:

Generalidade: É um fato ser de conhecimento do coletivo, onde a sua existência não se restringe apenas ao indivíduo.

Exterioridade: O fato de esse comportamento ou ação ser exterior ao indivíduo, de forma que a sua existência não depende da consciência deste.

Coercitividade: Nada mais é do que o poder que os padrões estabelecidos pela sociedade exercem sobre as escolhas do indivíduo, de forma tamanha que mesmo inconscientemente há a obrigatoriedade de seu cumprimento e quando ocorre o descumprimento o indivíduo sofre as sanções sociais.

Então, se pararmos para observar, perceberemos que a “consciência coletiva” é constituída também por institutos sociais (empresa, escola, igreja e etc.), questão que também foi abordada por Durkheim, na relevância que estas possuem sobre a constituição e propagação das normas sociais e morais que guiam a sociedade, ele as defendia, partindo do ponto de vista que estas através de suas ações trazem: segurança, diretrizes e amparo, que são necessidades de suma importância ao homem, tão importantes que quando há a falta destas acontecem em amplitude maior, fenômenos como: a criminalidade, o alcoolismo e o suicídio.

Teoria do Suicídio


Na busca por provar que as estatísticas apresentadas sobre o tema eram insuficientes, Durkheim começou intermináveis estudos para fundamentar a sua tese, pra ele o que era descrito nos registros de óbito não eram o bastante e se resumiam a opinião de pessoas contingentes.

Durkheim usou de observações do campo religioso também, partindo do prisma que o índice de suicídio entre pessoas do nicho protestante era maior do que entre os católicos, este fato independia da região que o suicida pertencia. O socialista acredita na possibilidade de haver um controle menor sobre os fiéis, controle social que também faz parte do papel da igreja na sociedade, então ele começa a buscar formas de comprovar que podem ser sociais as causas dos índices de suicídio, causas que Durkhein define em três tipos: egoísta, altruísta e anômico.


Egoísta: Entende-se que os motivos difundem de observações da participação dos indivíduos em sociedades politicas, domésticas e religiosas. Nota-se que a incidência de suicídios varia ao contrário da integração desses nichos. O fim da sua vida, não importa para esse indivíduo, pois, este não se enquadra no seu meio social.

Altruísmo: Mais frequente de sociedades primitivas, esta é consequente do individualismo diminuto, o indivíduo está em excesso justaposto pelo coletivo, o qual se sente na incumbência de se matar e assim executa, podendo também estar alimentado pela ideia de heroísmo, partindo desse conceito, o sociólogo passa a estudar o índice alto de suicídio entre militares, ocorrente da alta integração no meio social a que pertence e o sentimento de heroísmo.



Anômica: Se da quando o indivíduo não encontra motivos para sua existência em si ou no exterior, nem na sociedade que pode o gerir através de diversos recursos. Possui esse nome por ocorrer em situações fora da normalidade do indivíduo, anormalidade que pode pertencer também a sociedade, como crises ideológicas e econômicas, que causam inúmeros desconfortos físicos e mentais, como conflitos entre os indivíduos, fome, pobreza e etc.


Por: Jéssica Medeiros

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