Da cama para o sofá, almofada ao travesseiro,
Sinto o enfado de nada poder.
O que fazer com essa era por inteiro?
Resolvi com um revés me entreter?
“Oi” é o que se diz,
Mais nada tem a acrescer,
Pergunto-me, “O que faço aqui”,
Impedindo-me de ir o teu nada dizer.
Como serão os olhos, o cabelo, o sorriso,
Tens sabor de dor, amor ou és puro veneno.
Ao te ver sem perceber perco os movimentos, agonizo,
Digo, quero me ir, na verdade estou te querendo.
Ainda não acredito, será que irei me vencer?
Está chovendo, percebo o interesse em me tocar,
“Não”, é a palavra que mais sei dizer,
É certo que o medo irá me paralisar.
Hora agradável, hora ríspido,
Uma oscilação de homem e menino.
Hora necessário, depois tão indevido,
Penso, “Aproveitar agora, depois me decido”.
Invasor de tudo, tão invasor que do coração se apossou,
Devia ter dito e feito o “Não”,
O que aconteceu? De dor me envenenou,
Agora, perdi totalmente o chão.
Por: Jéssica Medeiros
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