Quando falo de amor, não digo por conhecer, falo apenas por
imaginar, imaginar o coração leve, a alma entregue, tudo desabrochar.
Olho para os amantes, apaixonados e imagino, imagino como
deve ser se sentir amado, se sentir em
paz, não se importar por estar entregue, sorrir por estar a se afogar, se
afogar no cuidado, no zelo, no carinho e aconchego de alguém, mesmo
que depois seja apenas a mentira, o engano, o erro, a decepção, mesmo que depois seja o arrependimento, o choro e
apenas dor.
Pelo menos se teve a alma leve, pés descansados, imaginar a possibilidade de se ter, se sentir, de querer e ser
quisto.
Idaí que amanhã tudo possa ser promessa vã? Idaí que os beijos não foram de amor e apenas prazer, apenas carne, corpo e nada mais.
Quem se importa se o amor não existiu, quem se importa se só usaram-se, se doaram-se querendo algo em troca, apenas por calor, por carência e
desfrute, só por não ter a opção do não.
Quem se importa se não vão lembrar-se das juras de amor,
de querer pra sempre, de ter como se fosse importante?
Quem se importa se não vão mais se ver, se beijar, se olhar, se tocar, se não vão mais sentir o formigar no estomago, o nó na garganta
e a paz de não precisar mais procurar?
Quem se importa se choraram, se sofreram, se deixaram -se e
preferiram o que é melhor e não o que é mágico, o que faz o coração acalmar, o
que os faz relaxar, o que os faz viver?
Quem se importa se não eu?
Quem se importa se não eu?
Por: Jéssica Medeiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário